
Reprimo emoções,
Meu ego é flácido.
Faço sempre antes,
Apago o valor dos instantes.
Exalto-me fácil
E sempre tiro, sem querer,
As mãos do volante.
Às vezes falo o que não penso,
Pois para transmitir meu pensamento,
Preciso passar, junto, meu sentimento.
E este, sufocado,
Impede a formação dos dados
Necessários a todo o entendimento.
A linguagem pura me é insuficiente.
Já as metáforas necessárias,
Inalcançáveis a mim.
A vontade de expressao
Transborda na mente,
Mas não escorre pelo corpo,
Meu verdadeiro ente.
A fonte está ligada.
Os canais, obstruídos.
O ser, estático.
E o ego, vívido.